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Brasil Carbono Zero - 2060

Atualizado: 15 de jan. de 2019


Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas entrega avaliação preliminar “Brasil Carbono Zero em 2060” para o presidente Temer, em Brasília


O coordenador-executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, Alfredo Sirkis, e a equipe da COPPE UFRJ, representada pela professora Carolina Dubeux, reuniu-se, nesta quarta-feira (26/12) com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, em Brasília, onde entregaram a avaliação preliminar "Brasil Carbono Zero, em 2060" que ele encomendou ao Fórum em setembro, no prazo de 120 dias.

Ele também entregou a Michel Temer o resumo “Mudanças Climáticas, Riscos de Oportunidades”, que reúne informações sucintas sobre os grandes riscos para o Brasil representados pelas mudanças climáticas, e também as oportunidades econômicas de uma política de baixo carbono, decidido na última plenária do Fórum e destinado ao governo do futuro presidente Jair Bolsonaro. O documento aponta, por exemplo, como possíveis riscos para o Brasil a elevação do nível do mar com inundações de áreas costeiras e a desertificação, além de listar medidas importantes para o combate ao aquecimento global como o reflorestamento e o uso de energia limpa.

"O que entregamos hoje a Temer é um estudo preliminar de como o Brasil poderá chegar ao ano 2060 com emissões líquidas zero, contribuindo assim para a meta de 1.5 graus que recentemente foi mencionada pelo IPCCC como aquela que previne efeitos mais catastróficos do aquecimento global. Na verdade, o estudo é coerente com a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil. Coloca-nos perante ao mundo como uma potência agroflorestal, de biocombustíveis, e energias limpas e com fortes vantagens competitivas”, afirmou Sirkis.

O presidente Temer, por sua parte, afirmou que iria repassar os estudos realizados pelo FBMC ao seu sucessor. Disse ainda sentir orgulho do Brasil ter sido o primeiro país a ratificar, com aprovação da Câmara e do Senado, o Acordo de Paris e de ter, ao longo de seu governo, expandido as áreas protegidas, tanto florestais, quanto oceânicas, apesar das pressões que sofreu. O presidente lamentou a não realização da COP25 no Brasil e prognosticou que, uma vez no governo, a nova equipe teria de levar em conta a importância da questão climática. "Vistas daqui as coisas se olham de maneira diferente", observou.  Sirkis despediu-se do presidente reconhecendo a postura colaborativa do mesmo como titular de um governo de transição e o espírito de respeito e cooperação entre ambos. Não obstante suas notórias diferenças políticas, haviam conseguido estabelecer uma dinâmica de trabalho sóbria, correta e compatível com a grande pluralidade que caracteriza o Fórum.


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